Cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia são as modalidades para o tratamento do câncer. A escolha pelo uso de uma delas ou sua combinação depende substancialmente das características do tipo de câncer a ser enfrentado.
A cirurgia, a mais antiga modalidade de tratamento do câncer, ainda é uma das principais armas de combate contra esta doença.
Existem vários tipos de operações que podem ser indicadas em cirurgia oncológica, são elas:
- Cirurgia Diagnóstica: utilizada como ponto de partida para estabelecer
o diagnóstico, mediante uma suspeita de câncer ou para averiguar o
estágio clínico da doença (ex: biópsias, laparoscopias); - Cirurgia Curativa: empregada para a remoção do tumor primário com
margem de segurança; - Cirurgia Paliativa: aquelas que mesmo sem remover totalmente o tumor,
contribuem para a melhora da qualidade de vida ou da sobrevida do paciente; - Cirurgia Citorredutora: reduz o volume do tumor para melhoria na eficácia
da quimioterapia e ou da radioterapia; - Cirurgia Profilática: preventiva, indicada para situações de alto risco ou
lesões pré-malignas (ex: mutações somáticas causadoras de câncer, lesões
de pele pré-cancerosas; - Cirurgia Reconstrutora: visa diminuir o choque da mutilação causada pela
retirada de tecido ou órgão trazendo qualidade de vida.
Seja qual for, o impacto causado pela cirurgia na vida do doente, é por si só muito significativo!
Dependendo do tipo e extensão da intervenção, a adaptação que o paciente precisará fazer diante da sua nova condição de vida é profunda. É imprescindível que ele se adeque tanto às mudanças fisiológicas causadas pela operação (ex: ostomias, drenos, etc), quanto as sequelas que alteraram sua imagem corporal.
O choque causado por grandes cicatrizes ou mutilações determina alterações significativas no esquema corporal que o sujeito passa a fazer de si. Em algumas situações, elas podem desencadear sentimentos de angústia, rejeição, baixa autoestima e dificuldades para lidar com a vida sexual.
Estas alterações devem ser tratadas o quanto antes para que não interfiram negativamente nas suas relações familiares e sociais.
A Imagem corporal está intimamente ligada à autoestima, e é por meio desta imagem que o indivíduo mantém seu equilíbrio enquanto interage com o mundo. Uma modificação profunda no esquema corporal pode, pela sua importância, influenciar a identidade e a disposição para se relacionar com os outros.
A adaptação por parte do paciente a essas transformações vai demandar tempo e paciência, pois é de forma singular que cada um lida com o próprio adoecimento.
A aceitação de si mesmo e reconstrução da nova imagem deverá, aos poucos, ser entendida por ele, como o meio encontrado para garantir sua sobrevivência, e melhorar a qualidade de vida.
O caminho para superação do sofrimento não é fácil, mas é possível!
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